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Geral

Corpo de piloto que morreu em queda de helicóptero no Pantanal ainda não foi resgatado por difícil acesso na região

QUEDA DE HELICÓPTERO | 02/12/2020 21h 01min

Coronel Mauro Tadeu morreu em acidente de avião — Foto: Divulgação

O corpo do coronel Mauro Tadeu, piloto do helicóptero que caiu no Pantanal mato-grossense, nessa segunda-feira (30) ainda não foi resgatado do local, até esta terça-feira (2), por causa do difícil acesso da região. A cabine em que o piloto estava ficou afundada na lama.

A aeronave do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) caiu na região da divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O piloto, que era do Corpo de Bombeiros do Pará, estava atuando na força-tarefa de combate a incêndios na região e não resistiu à queda.

De acordo com o coronel Pedro Paulo Borges Amaral, piloto de helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), o local é de difícil acesso por ser alagado e ter muita lama, o que atrapalha o resgate do corpo.

Helicóptero usado no combate a incêndios caiu no Pantanal — Foto: Divulgação

Helicóptero usado no combate a incêndios caiu no Pantanal — Foto: Divulgação

"É uma situação parecida com a que aconteceu no acidente da barragem em Brumadinho (MG). Quando algum resgatista se aproxima, ele afunda, por causa da lama no local. Como o helicóptero bateu e girou, ele está de cabeça para baixo e a cabine do piloto está totalmente dentro da lama, o que dificulta muito a retirada", explica.

Helicóptero caiu em área de difícil acesso — Foto: Divulgação

Helicóptero caiu em área de difícil acesso — Foto: Divulgação

O coronel explica também que a manobra de combate a incêndios na região é complexa. Ele diz que a principal dificuldade é tirar o cesto de dentro da água.

"O helicóptero deve estar estabilizado, já com o cesto para fora, para então poder se deslocar. Caso alguma parte ainda esteja dentro da água, a aeronave pode ser puxada para baixo e a probabilidade de acontecer um acidente grave é muito grande", afirma.

Borges também cita o clima quente de Mato Grosso e, mais especificamente, o Pantanal, como um agravante para a atuação no combate.

"O calor da região interfere na potência de qualquer aeronave. Ele tira a potência. Isso exige uma maior habilidade e um maior conhecimento técnico do piloto", cita.

 

O acidente

 

De acordo com o Ibama, o acidente foi volta de 18h de segunda-feira (30). Às 23h, parte da tripulação que fazia parte da equipe, mas que não encontrava-se na aeronave, foi localizada.

No entanto, o piloto desapareceu e foi localizado na madrugada desta terça-feira (1º), em meio aos destroços da aeronave.

A tripulação estava no solo, por isso foi localizada rápido. O piloto estava sozinho na aeronave no momento da queda.

Sobre a causa do acidente, o Ibama informou que ainda não tem confirmação, e que aguarda a perícia da aeronáutica, do Cenipa - Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, emitiu uma nota de pesar pela morte do coronel.

"Transmito à família e amigos do comandante Mauro Tadeu da Silva Oliveira, sentimentos de pesar e nossas orações. Faleceu em acidente com helicóptero do IBAMA, no cumprimento da brava missão de combate aos incêndios florestais no Parque Nacional do Pantanal Matogrossense", diz.

 

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Fonte:   G1 MT