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Geral

Madrasta admite que matou Bernardo e inocenta pai pela morte de filho

MORTO EM 2014 | 14/03/2019 16h 41min

Bernardo Boldrini desapareceu no dia 4 de abril de 2014 e foi encontrado morto 10 dias depois, em uma cova nas margens de um riacho, em Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul - Reproducao

PORTO ALEGRE - Graciele Ugulini, madrasta do menino Bernardo, começou o depoimento no quarto dia de julgamento, que ocorre desde a última segunda-feira, 11, no Fórum da cidade de Passos, ao norte do Rio Grande do Sul.  Ela afirmou que a maioria dos fatos ocorridos durante o assassinato de Bernardo, em abril de 2014, é verdadeiro. "O Leandro não tem nada a ver, só quero o perdão dele. O Leandro não tem nada a ver com isso, é tudo culpa minha", afirmou a enfermeira acusada de homicídio triplamente qualificado sobre envolvimento na morte do garoto. 

A ré chorou e soluçou muito durante o depoimento que teve início às 9h35 desta quinta-feira, 14, e se estendeu até o fim da manhã. Esta foi a primeira vez que Graciele prestou esclarecimentos publicamente sobre o crime. O único depoimento que deu foi à polícia, em 30 de abril de 2014. 

Ao depor nesta manhã, a madrasta afirmou que levou Bernardo com ela na viagem a Frederico Westphalen, distante cerca de 430 quilômetros da capital, e que o menino estava muito agitado. Para acalmá-lo, a enfermeira deu cinco doses do medicamento ritalina para o garoto. "De repente eu olhei, ele estava encostado, babando...  levantei a camiseta dele e vi que não tinha movimento respiratório. Chacoalhei, mexi ele e nada", lembrou.

Graciele Ugulini afirmou à juíza que a amiga Odilaine Uglione, também ré no caso, queria levar de imediato o garoto, já desacordado, ao hospital para receber atendimento. No entanto, a enfermeira admitiu que preferiu esconder o corpo da criança devido à relação dela com o marido e pai de Bernardo, o médico Leandro Ugulini. "Admito que dissimulei. Tentei de todas formas agir de forma normal para Leandro não desconfiar", revelou a enfermeira.

 

Fonte:   Estadão