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Geral

Modelo é a primeira mulher trans a alterar gênero e nome em cartório de Sinop-MT

MULHER TRANS | 22/01/2020 12h 29min

Foto: Reprodução Instagram

“Eu amo a mulher que me tornei, porque eu lutei pra ser ela”. Essas são as palavras da modelo Luíza Spezia Bauermann, de 23 anos, que é a primeira mulher trans e realizar a mudança de nome e gênero na certidão de nascimento no cartório de Sinop-MT.

Todo o processo, depois de organizar  a documentação, durou cerca de três semanas, porém já fazia muito tempo que a modelo tinha a certeza de que queria alterar seu registro. “É uma história e uma luta diária concretizada, me dando todo o direito de existir e resistir na sociedade”, publicou Luíza em suas redes sociais.

Luíza assegura que a nova certidão não é apenas um papel. “Significa dignidade pessoal e direito democrático que nos é retirado todos os dias”, complementa.

Bauermann nasceu no Paraguai e então seus dados estavam em um cartório daquele país, com a mudança de localidade, mais especificamente para a cidade de Marcelândia, no interior de Mato Grosso, seus dados e registros foram transferidos para o cartório do município. Neste sentido, foi em Marcelândia que a retificação final do seu verdadeiro nome e gênero se concretizou, mas o processo de alteração se deu em Sinop-MT.

A modelo conta que enfrentou algumas dificuldades durante o processo para conseguir juntar todos os documentos necessários. “Eu ia e falava, mas as pessoas que trabalhavam no cartório não sabiam o que era isso, não sofri preconceito, mas passei por umas situações chatas”.

 

Ajuda nas redes

Com a experiência da realização de seu sonho, Luíza não quer guardar isso apenas para si, tanto que em suas redes sociais a modelo utiliza algumas ferramentas, como o Instagram, para compartilhar essas experiências, levar informação e tudo isso com a intenção de ajudar mais pessoas.

“Por isso que eu faço o que eu faço no meu Instagram. Pras pessoas saberem que isso existe, que não acontece só em São Paulo, no Rio de Janeiro. Tem aqui, pode ter dentro da sua casa futuramente. Por isso que eu faço esse trabalho de bater de me expor na sociedade e de bater de frente. Estamos em 2020 e as pessoas precisam saber mais sobre as pessoas trans, sobre o mundo LGBTQ+, pois são todos muito leigos”, disse à rádio 93FM.


No Insta, Luíza compartilha suas experiências – Foto: Reprodução Instagram

Fonte:   93FM