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Policia

Para nova quadrilha, preso de MT recrutou familiares e até criminosos do Nordeste

DE DENTRO DA PCE | 05/02/2021 13h 42min

Presos do Nordeste integravam a nova organização criminosa criada e liderada por Luciano Mariano da Silva, o ‘Marreta’, conhecido como um dos principais líderes do Comando Vermelho em Mato Grosso. Ele, que está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), usou da estrutura da facção já existente para explorar a nova célula, especializada em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

A informação foi confirmada pelo delegado regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado, Jorge Vinícius Nunes, membro da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (Ficco/MT), que detalhou o esquema dos criminosos em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (5), que contou ainda com a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública.

“Sobre a contabilidade, descobrimos no interior que foram comprados imóveis no nome dos pais e das filhas do principal investigado. Os presos que estão na Paraíba e em Pernambuco eram responsáveis pelo controle da contabilidade, planilha de valores do recebimento das drogas, arrecadação das bocas de fumo”, contou.

Ao todo, até o final da manhã desta sexta, 20 pessoas foram presas, sendo que 4 já estavam dentro da PCE, incluindo o Marreta. Há ainda outros 3 presos em presídios da Paraíba, um em Pernambuco e outro em Mato Grosso do Sul. Há ainda informações de que familiares de Marreta estão entre os presos, um deles seu irmão, já com passagens por tráfico. 

 

Estrutura completa

Para o delegado Frederico Murta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Marreta usou o mesmo modus operandi de um crime desarticulado em 2017, envolvendo uma quadrilha especializada em roubos e furtos de veículos.

prisão operação parasita

 

“A investigação foi iniciada em 2020, após análise criminal de fatos ocorridos no interior de Mato Grosso. Foi apontado que uma organização criminosa vinha atuando a mando de um criminoso bastante conhecido, usando uma modalidade semelhante de um esquema pelo qual ele já tinha sido preso”.

Apesar de já integrar uma facção criminosa, o Comando Vermelho, Marreta se aproveitou do status para organizar uma ‘célula avulsa’ do comando em benefício próprio. Dentro desse esquema, pensou na logística, recrutou novos integrantes e começaram a atuar além de Mato Grosso, em Mato Grosso do Sul, Paraíba e Pernambuco.

Estima-se que a quadrilha movimentou até R$ 18 milhões. Mas, a Justiça autorizou o bloqueio de R$ 12 milhões. Foram identificadas lojas de roupas e confecções, em nome de familiares de Marreta, que são empresas ‘fantasmas’, usadas para lavar o dinheiro do crime.

“Acredito que seja um golpe duro na organização e é daí que vem a origem do nome parasita. O valor arrecadado se confundia, mas não era para organização principal para qual eles pertenciam e sim para o benefício próprio do criminoso”.

 

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Fonte:   Gazeta Digital