Polícia apura denúncia de estupro virtual contra menor, em GO
ESTUPRO VIRTUAL | 14/06/2019 10h 58min
Polícia apreende computador e celular de jovem suspeito de estupro virtual, em Goiânia — Foto: Polícia Civil/Divulgação
A Polícia Civil está investigando a denúncia de um estupro virtual contra uma adolescente de 16 anos, em Goiás. Segundo a polícia, mensagens mostram o perfil de um jovem de 19 anos chantageando a garota a gravar sozinha vídeos em atos libidinosos e enviasse a ele. Caso contrário, o rapaz publicaria fotos nuas dela na internet. A vítima chegou a tentar suicídio após as ameaças.
Nesta sexta-feira (14), policiais da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito de fazer as ameaças, em Goiânia. O computador, pendrives e o celular dele foram apreendidos.
“A menina é de uma cidade do interior e o suspeito mora na capital. Eles se conheceram por uma rede social, nunca se viram pessoalmente, começaram a conversar e o rapaz a convenceu de mandar fotos pornográficas. Depois disso, ele começou a ameaçar postar essas imagens se ela não gravasse vídeos dela em atos libidinosos do jeito que ele pedia”, disse a delegada Sabrina Leles.
De acordo com as investigações, as ameaças duraram cerca de dois meses. Sem conseguir aguentar mais as chantagens, a adolescente tentou suicídio, mas foi socorrida por amigos, e sobreviveu. Alguns deles contaram o caso à família dela, que denunciou à Polícia Civil.
“No crime de estupro, consta que é o ato de constrangem com violência ou grave ameaça, o que ficou demonstrado com as conversas que estavam no celular da vítima e estão no inquérito”, disse a delegada.
O jovem suspeito do crime disse que é inocente e que teve o perfil invadido. Ele alegou ainda que alguns amigos chegaram a enviar mensagens desconfiando de algumas postagens estranhas na rede social dele.
“Identificamos que foi feito um backup ontem no computador. Então não encontramos os vídeos enviados pela vítima. Vamos analisar os equipamentos apreendidos, porque eles podem ter sido transferidos para algum outro lugar e depois apagados do computador”, disse a delegada.
O jovem investigado não foi preso. A polícia, primeiro, vai fazer a perícia em todo material apreendido para que seja feito um laudo e determinado os próximos passos do inquérito.
Fonte: G1 GO