Policiais e ex-policiais suspeitos de roubarem droga de traficantes e revender em MT são alvos de operação; 2 são presos

REVENDA DE DROGAS | 04/11/2020 13h 27min

Policiais e ex-policiais suspeitos de roubarem droga de traficantes e revender em MT são alvos de operação — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso

A Polícia Federal realiza na manhã desta quarta-feira (4), em Cuiabá, a Operação Cérberus, que investiga uma organização criminosa formada por policiais e ex-policiais, civis e militares. Segundo as investigações, o grupo atuava no tráfico de drogas e extorsão.

Estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá. De acordo com a PF, um policial e um ex-policial foram presos. No entanto,a instituição não informou se são da PM ou Polícia Civil.

As investigações apontam que dois policiais na ativa e policiais civis/militares já excluídos participavam da organização criminosa.

A operação tem como objetivo a prisão das lideranças e a descapitalização patrimonial do grupo, a fim de evitar a formação de uma possível milícia em Mato Grosso.

Armas foram apreendidas na Operação Cérberus, em Cuiabá — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso/Assessoria

A PF informa que os suspeitos estariam subtraindo carregamentos de drogas e vendendo o material para outros criminosos.

Alguns dos investigados possuem antecedentes criminais extremamente violentos, com passagens por extorsão, homicídios e tráfico de drogas.

Os suspeitos vinham ostentando padrão incompatível com os rendimentos lícitos. De acordo com a investigação, estas pessoas teriam aberto empresas de fachada, usando familiares para ocultarem patrimônio.

Na ação de hoje a PF apreendeu celulares, veículos e armas de fogo. A Justiça determinou ainda o bloqueio de até R$ 5,5 milhões das contas dos investigados, além do sequestro de veículos e imóveis registrados.

Nome da operação

O nome da operação é uma referência a Cérberus, figura mitológica grega. O monstruoso cão de três cabeças guardava a entrada do mundo inferior, o reino subterrâneo dos mortos.

O animal deixava as almas entrarem, mas jamais saírem, despedaçando ainda os mortais que por lá se aventurassem. Uma alusão à forma extremamente violenta como agiam os integrantes da organização criminosa investigada.

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Fonte:   G1 MT