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Bom dia, Quinta Feira 18 de Abril de 2024

Policia

Presos cultivam e comercializam frutas e legumes em presídio de Sinop

RESSOCIALIZAÇÃO | 05/01/2020 11h 48min

Foto: TVCA/Reprodução

Alguns presos do Presídio Ferrugem, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, estão cultivando frutas e legumes em uma área que fica no entorno da penitenciária. No local, eles cultivam quiabo, abacaxi, pimentão e batata doce.

O engenheiro agrônomo que acompanha o projeto, Clóvis Sanches, disse que os abacaxis produzidos pelos detentos são destinados para uma cooperativa de poupa de frutas. Já o quiabo, a bata doce e o pimentão são vendidos para comércios da cidade.

Outros produtos que ficam sem comercialização são destinados para a alimentação do presos.

“O primeiro passo foi limpar a área e fazer todo o procedimento de preparo do solo. Quando chegaram as mudas de abacaxi explicamos a eles como seria feito o plantio e acompanhamos o início. Depois disso, eles passaram a fazer sozinhos”, explicou Clóvis.

Horta tem pimentão, quiabo, abacaxi e batata doce — Foto: TVCA/Reprodução

O projeto começou em 20017, mas foi suspenso. A retomada foi retomada em março de 2019. Até agora, já foram produzidos 1,3 mil quilos de quiabo e 300 kg de pimentão.

A cada três dias trabalhados, os presos reduzem um dia de pena.

São cerca de oito horas de trabalho por dia — Foto: TVCA/Reprodução

Atualmente, são seis reeducandos responsáveis pelo manejo dos produtos, mas, ao todo, são 18 que estão aptos para o trabalho.

“Desde o início estamos aqui nessa batalha aproveitando essa oportunidade. Sempre estamos capinando e limpando a área. O plantio está cada dia mais bonito”, ressaltou o reeducando Oséias Serra.

Frutas e legumes produzidos na horta são comercializados — Foto: TVCA/Reprodução

O número de presos trabalhando na horta pode aumentar caso for preciso. O processo é acompanhado pelo Conselho da Comunidade, órgão que auxilia o Poder Judiciário na execução da pena. Eles são orientados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.

“Conforme são desenvolvidas as atividades, nós apresentamos um relatório mensal ao juiz da execução com dados daqueles que estão vinculados às ações de trabalho”, disse o diretor administrativo do Conselho, Denovan Lima .

De acordo com o sub-diretor do presídio, Clemir de Olandra, os presos são recebem um treinamento antes de saírem do presídio para trabalhar.

“Oferecer uma oportunidade de trabalho é uma das partes que compreende toda a execução da pena. Depois que o preso entra na unidade, ele passa por um processo de resignação, vai ser avaliado, encontrará oportunidades de estudo, terá o contato com outros servidores e, posteriormente, o terá o trabalho fora dos muros”, explicou.

Fonte:   G1